por que eu me ex-ponho
se você age com reserva?
se é serva
de um repolho raquítico?
mas como ia’eu saber
que flores do alvorecer
do alvoroçar
de outro jeito de ser
minguariam em tua (p)horta
(torta de tão certa)
(coberta de razão)
(rasa de elação)
(seca de querer)
se(i) lá,
não arriscass(t)e plantar
um jeito outro?
algum inverso
da impecável-regional
modo de ser?
algo absorto
abstruso
tem que ser intruso
nosso
nessa algaravia de informação,
nem que seja desalinho
ruído, rabisco
“não” e um puxão;
a criança corre solta pelo jardim
de eira nas beiras
o pastor rotula ‘daninha’
toda erva que não se alinha
a messe se compraz no metódico
e toma brinde de agrotóxico
-x- -x- -x- -x- -x- -x- -x- -x-
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vira esse veneno no ralo
vira esse veneno no ralo
passa fome de consumo
passa fome de insumo
de aprovação social.
evoca a tua arte
alquímico transporte
do profundo ao manifesto
que resto, meu amigo.. é sorte!