segunda-feira, 28 de dezembro de 2015



Um rosa metálico cáustico, chafurdado em azul ferro, escorre pelos lados indo pra cima e pra baixp, querendo invadir o azul claro, incólume, que reina límpido mais ao centro e reserva ainda em seu interior um verde exuberante de samambaias e rasgos coloridos quentes rosados de vaginas florais e, ainda mais ao centro, uma chuva de ouro rodopia em amarelas pétalas. 

domingo, 1 de novembro de 2015



trompas saúdam e anunciam ídolos
em trajes que são uma embriaguez para a vista
a tronos constelados de jóias luminosas
em palácios lavrados de feérica pompa
mulheres de lábios e unhas apetitosos
e sábios prestidigitadores
que acariciam serpentes
por baixo da mesa
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e espargem cacos
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na hora ~azada do brinde

quando a taça de cristal~ se parte
                                               !TTT!
                                                     =O

sábado, 17 de outubro de 2015



gritos e murmúrios – donzela em fuga – lírios rasgados – suor de fada
jovem corpo elétrico – belo e inconstante – ilha de tesouros piratas – fábrica de devaneios

espinhos e pétalas – coração de tornado – abelhas em chusma – suicídio viral
que horror – o desprezo  – escola das mulheres – ao inimigo desonrado

anjos do inferno – vício de punir – chaga nauseabunda – prum aborto emergencial
já mais voa – nem mais queda – ufania de tesoura – pena pouca e certa

terça-feira, 13 de outubro de 2015




in a tailspin
a furious tropical cyclone
revolves the sea, carrying sheals
and blows a field of sunflower petals
rotating the skys
with twirls to out turmoiled vain
spiral galaxy

terça-feira, 6 de outubro de 2015

M 221222 m 212212
M tom tom semitom tom tom tom, semitom
m tom semitom tom tom semitom tom, tom
tinha uma queda pelo liquid paper

e se esquecia pra lembrar

domingo, 4 de outubro de 2015

"Devemos andar sempre bêbados. Tudo se resume nisto: é a única solução. Para não sentires o tremendo fardo do Tempo que te despedaça os ombros e te verga para a terra, deves embriagar-te sem cessar. Mas com quê? Com vinho, com poesia ou com virtude, a teu gosto. Mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas duma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunta-lhes que horas são: «São horas de te embriagares! Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem cessar! Com vinho, com poesia, ou com virtude, a teu gosto."

Bô Baudelaire

sábado, 26 de setembro de 2015



Malogrado - me escapa o cavalo, sem arreio, o arado no chão.
No vasto largo – cheiro o verde, escavo, provo a dúvida, durmo sobre as mãos.



domingo, 13 de setembro de 2015



Frêmito – indiscreto – segrega – perjúrios – insetos – roedores – infestos – – nas fretas dos meuss restos . Tecendo um caixão de teias palavras grudentas, em que planejam me sepultar
mas vou
de se jar de ser já.
E só nisso
feitiço
e avante