sexta-feira, 30 de agosto de 2013



Eu tinha um quebra-cabeças. Mas eram muitas peças. Tantas que eu mal sabia por onde começar. Dai joguei tudo pro alto e chamei pra verem. O que cada um me disse eu ouvi com atenção. E adorei quando mencionaram ter gostado de alguma parte em específico. Mesmo que não estivesse pronto. Mesmo que não fizesse muito sentido. E fosse apenas um mosaico multicolorido. Cada um via uma coisa naquelas peças jogadas. e ao tentar explicar revelava um pouco de si. Da simpática à sugestão, surgia uma parceria. E era justamente nesse vão que eu me preenchia. Talvez não fossem peças de um quebra-cabeça, mas pedaços de um espelho...  pelo qual nos víamos, um reflexo composto em cada caco. Se visto ao só, indecifrável. Sem parâmetros. Se visto ao junto, um palpite.

Larguei de completar o quebra-cabeças, perdi de vista seus limites. Sem fronteiras, ando perdido. Sendo tanto quanto o infinito.  (under construction) Mas a brincadeira  mais me diverte. Talvez seja um jogo de sugerir. De arriscar e ver se encaixa. Se dá margem a criação conjunta. Talvez seja um jogo de rir junto..

Talvez seja só pelo colorido dagente tentando se encontrar. Sorrindo ao nos sabermos perdidos, mas não perdidos dos sorrisos que nos unem na cumplicidade do olhar.