Peço...
Aos receptáculos da vossa imaginação,
Que aufiram com boa vontade meu suplício de companhia.
Pode parecer sem eira,
Nem beira,
Mas só a isso chamo poesia.
E a arte é o último traço,
Que tracejo na vida
A procura de um laço,
Possível no outro,
Possível regaço,
Que acolha nossas idiossincrasias
E nos devolva a um enlaço,
Emaranhado de sentidos,
Sem abrigos,
Que somos ao não sermos um.
Aos receptáculos da vossa imaginação,
Que aufiram com boa vontade meu suplício de companhia.
Pode parecer sem eira,
Nem beira,
Mas só a isso chamo poesia.
E a arte é o último traço,
Que tracejo na vida
A procura de um laço,
Possível no outro,
Possível regaço,
Que acolha nossas idiossincrasias
E nos devolva a um enlaço,
Emaranhado de sentidos,
Sem abrigos,
Que somos ao não sermos um.