quarta-feira, 29 de abril de 2015

"Todos os místicos, em todo o mundo, sempre se sentiram impotentes no que se refere à comunicação. A comunhão é possível, mas a comunicação não o é. Isso deve ser entendido desde o princípio. A comunhão possui uma dimensão totalmente diferente; dois corações se encontram, e dá-se um caso de amor. A comunicação se faz de cabeça para cabeça. A comunhão se faz de coração para coração; a comunhão é um sentimento. Comunicação é conhecimento: só palavras são dadas, só palavras são ditas e só palavras recebidas e compreendidas. E as palavras são tais, a própria natureza das palavras é tão morta, que nada do que é vivo pode se relacionar através delas. Mesmo na vida comum - deixando de lado o Definitivo - mesmo um momento estático, quando realmente sentes algo e tornas-te algo, é impossível dizê-lo através de palavras.
(...)
Quando, pela primeira vez, algo para além das palavras começa a acontecer, então a vida acontece para ti, a vida bate à tua porta. E quando o definitivo bate à tua porta, tu simplesmente te vês para além das palavras - tornas-te mudo, não podes falar. Nem mesmo uma só palavra se delineará em teu interior. E o que for que possas dizer parecerá tão descorado, tão morto, tão sem sentido, tão destituído de qualquer significação, que pensarás estar sendo injusto para com a experiência que te aconteceu. Lembra-te disto, porque Mahamudra é a última, a Definitiva experiência.


- Osho

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Vou continuar escrevendo ‘idéia’ com acento

Não seria ‘idéia’ uma idéia melhor do que ‘ideia’? 

Nos textos, quando se está <perdido> “seguindo uma trilha”, numa floresta de letras... e se se depara com ‘idéia’, você sabe na hora, o acento alegre te diz, é uma idéia! Por outro lado, há momentos solenes em que se chega a um ‘ideal’ (sem acento). E quando se chega a um ideal tem de se respeitar, pq... seja lá o que for, alguém conseguiu nutrir algo tão forte quanto um ideal. Não é qualquer um que consegue crescer em si algo do tipo. E, mesmo lendo as palavras, só podemos alcançar seu tom se já vibraram em nós. Inveja, orgulho, preguiça, ganância, opulência, arrogância, luxúria, luxúria, luxúria. Fico com ‘idéia’. Ela consegue olhar pra luxúria e dizer: “vem cá que eu te entendo”, “te compreendo”, e “não tenho medo de ti”, - “te sei”... E nos guia como uma nuvem leve e flutuante (daquelas luminosas), vendo o mundo de cima. Saudando os ideais como alazões - como idéias cavalgantes que crescem na afetividade do homem e querem ganhar o mundo!

Mas onde há de tais esperanças e cavalos?... de tais exploradores destemidos? o esporte nacional parece ser o sumô. FAMÍLIA, GRUPO, SEGURANÇA. Eles seguram. E empacam a disputa ideática - idealógica entre ficar/ir; conservar/alterar; passividade e atividade... 

O eremita sussurra ao imperador e ao sacerdote “desprende-te e parte à grande busca".
Se já partistes, saiba, longa é a jornada... e teu lar é a estrada, consigo, diante das estrelas.

domingo, 12 de abril de 2015

Hermes foi absorvido como Mercúrio pela cultura romana. Mas ele era um cara mais versátil enquanto Hermes, um deus que representava diferentes atividades, como viagens, astronomia, diplomacia, ginástica... Há uma possível associação entre o Hermes grego e o Thoth egipcio. Os dois eram deuses da escrita e da magia. Hemes Trimegisto seria a associação de seus saberes por um Corpus Hermeticum que escreveu livros de magia antiga.